quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Avaliação que empodera e transforma

No dia 15 de outubro, dia emblemático em nosso calendário, pois é o dia do professor, iniciamos a trilha formativa da Logos Consultoria com o tema “avaliação empoderadora”, tema que tem conexão direta com o ser e o fazer do educador e da educação, pois foca na ampliação de horizontes e na apropriação de conhecimentos.

Abordar o tema avaliação sob a perspectiva do empoderamento das partes interessadas seja de um projeto, organização, sala de aula ou qualquer outra instância passível de ser avaliada é romper com paradigmas e, até mesmo, desafiar algumas práticas que colocam a avaliação no cruel papel de apontar erros, falhas e acima de tudo indicar culpados.

Digo isso, pois o conceito da avaliação que empodera, também, transforma! Pois ajuda os envolvidos a focarem nas competências, nas forças, compreender o contexto e não apontarem apenas o risco, o problema ou o déficit. Estimula os envolvidos a desenvolverem competências para que sejam sujeitos ativos que possam solucionar problemas e tomarem decisões mais assertivas.

Essa avaliação tem enfoque formativo, onde a reflexão do processo é fundamental para a correção de rotas e o aperfeiçoamento da prática, ainda no momento da execução de uma dada ação, possibilitando maior alcance dos resultados. Empoderar para transformar é dedicar-se aos interesses do coletivo, com olhar especial para a autodeterminação, a justiça social, a transparência e a sustentabildide.

Continuaremos com esse assunto na próxima publicação, depois da segunda trilha formativa, que ocorrerá no dia 28 de outubro, sobre os princípios avaliativos. Tema que se configura como norteador de um processo avaliativo rigoroso e de qualidade. Caso tenha interesse em participar, você pode se inscrever no Sympla. Como o nosso espaço é pequeno, ofertamos poucas vagas. 

Fonte: FETTERMAN, David. Avaliação empoderadora transformativa e pedagogia Freiriana: Sintonia com uma tradição emancipatória. Inn PATTON, M; GUIMARÃES,V. Pedagogia da avaliação e Paulo Freire: Incluir para Transformar. Rio de Janeiro: FRM, 2018.

Competências do avaliador em tempos de indústria 4.0


Participamos da VII semana de avaliação do curso de gestão da avaliação da Cesgranrio, no dia 25 de outubro, abordando o tema “competências e mercado de trabalho na avaliação”. 

Para a Logos foi uma oportunidade ímpar poder trocar reflexões sobre o “fazer” da avaliação com diferentes profissionais e estudantes que, assim como nós, trazem dúvidas, soluções, anseios e muitas possibilidades de fazer cada vez melhor o ofício da ciência avaliativa.

Abordamos as competências do avaliador a partir do papel da avaliação ao longo dos séculos, independente da sua condição formal ou informal. Passando por exemplos como a confecção e a avaliação das espadas dos Samurais, onde os avaliadores do sabre aferiam qualidade; a maiêutica Socrática, com o método da perguntação, até a análise de desempenho dos atletas e organizacionais, como forma de expressar a transversalidade e amplitude do tema.

Nesse percurso contextual, transitamos pelos diferentes períodos de produção econômica e focamos na indústria 4.0, que é marcada pela completa descentralização do controle dos processos e conexão entre máquinas, sistemas e ativos – maior automação - redes inteligentes que interagem com toda cadeia de valor e fizemos a seguinte pergunta: qual a relação da indústria 4.0 com a avaliação/avaliador? O que isso tem a ver com competências do avaliador?

A resposta parece simples, mas não é! Apesar de compreendermos as transformações sociais ao longo da história, vivemos em um período inconstante e dinâmico, onde a ruptura entre os modelos de produção - o pensar, o ser e o fazer – estão mais rápidos e consequentemente exigem de nós mudanças no mindset para conjugarmos o bombardeio de informações e transforma-las em ações que dialoguem com as novas necessidades e interpretações de mudo.

Diante do exposto, é necessário dizer que a avaliação de programas e políticas públicas, também, passa por uma propagação exponencial e global. Isso se dá, dentre outros motivos, devido a gestão para resultados, as exigências de transparência e compliance, a expansão da cultura avaliativa para outros segmentos além da saúde e da educação, como direito criminal, economia, empresarial, entre outros, e a interação da avaliação com a inteligência artificial e neurociência.

O crescimento da avaliação enquanto profissão demonstra ser constante, mas sem velocidade, e aí? A conta não fecha, pois a baixa aceleração abre margem para profissionais que não possuem pensamento, experiência e/ou formação avaliativa se sentirem aptos a assumirem a função. Mas como esse assunto dá “pano para manga” e pede uma reflexão mais profunda, apenas acendemos o sinal de alerta!

 O papel do avaliador na atualidade além de técnico, também, é político, pois é necessário ocupar um espaço de produção de conhecimento que lhe pertence e nesse caso a militância se faz presente quando o avaliador: dissemina conhecimentos; atua como formador e utiliza de diferentes meios, formas e escalas para falar da avaliação e se qualificar continuamente. No que tange a qualificação contínua, fizemos um esforço de síntese para destacar, das mais de 200 competências presentes na literatura, oito que vão fazer a diferença na formação do avaliador, são elas:

  • leitura de contexto sociocultural; conhecimento técnico/metodológico; negociação e mediação de conflitos; flexibilidade cognitiva - capacidade de criar ou usar diferentes conjuntos de regras para combinar ou agrupar as coisas de diversas maneiras; comunicação; síntese e autoavaliação.

Para o desenvolvimento destas competências hoje, no Brasil, entre outras opções, é possível investir na formação acadêmica - graduação e pós graduação - ofertada pela Cesgranrio; participar de eventos sobre o tema; criar conexão, divulgar práticas e pensamentos por meio da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação; ter acesso à autores de referência por meio de publicações de livros realizadas por instituições como GIFE, Fundações Roberto Marinho e Itáu Social e disseminar experiências em meio digital.


O que o futuro da avaliação pode esperar de você

Fazendo da mentoria um encontro bilateral de trocas de experiências

Ter momento para pensar em conjunto é um importante ativo que devemos conquistar!
Somos quatro mulheres empreendedoras inquietas e com alta capacidade de conexão. Criamos uma “confraria” para degustarmos vinho, falarmos de negócios, gestão e coisas da vida... Mas essa confraria não teve uma função autocentrada e, logo estávamos a frente do Grupo “Somos Empreendedoras”, pensando em formas e estratégias para conectar mais mulheres e fortalecer o ecossistema empreendedor.

Agora em novembro, vamos completar um ano na gestão do grupo e, nesse período, desenvolvemos diferentes estratégias para provocar os encontros e as trocas entre nós e as demais empreendedoras. Fizemos encontros mensais e fechados para a criação de vínculos entre as participantes, encontros abertos para ganhar a cidade, campanhas no WhatsApp e outras ações de pesquisa e planejamento para estruturar o grupo.
Os resultados são dos tangíveis aos intangíveis, desde a criação de carteira de novos clientes, como vitrine para divulgação de serviços e produtos, parcerias de eventos, novos negócios, incentivo, e o mais importante, ao meu ver, a criação de uma cultura de relacionamento entre empresárias em um grupo que gera curiosidade e desejo de estar nele.

O fruto disso foi a realização da primeira mentoria coletiva do Somos, realizada no dia 26 de outubro, onde fomos sem medo de falar dos erros e dos acertos da jornada empreendedora, como uma forma de encurtar caminhos e encorajar a busca por soluções, tendo por base os mais diversos pontos de vista e experiências. Esse movimento é lento, requer paciência e muita credibilidade. Sinto que estamos no caminho certo!

Todos os créditos para o trabalho em equipe da nossa gestão (Graciele Davince, Thais Garcia, Vivian Garcia e eu Taiana Jung), das parcerias que nos fortalecem, em especial Marize Tolezano proprietária do salão Prya, que compartilhou os temas de liderança e gestão; Verônica Martins, jornalista que documentou nosso encontro, Ester Jablonski que levou seu olhar atento e presença emblemática; das empreendedoras que lá estiveram trocando conhecimentos e das nossas empresas que investem nessa causa para que possamos dedicar um pouco do nosso tempo em prol de uma ação coletiva. 
Em especial preciso fazer um destaque para a Gráfica Printmill que cuidou da nossa papelaria personalizada e da Logos Consultoria, minha empresa, que dispôs de ferramentas e do conteúdo customizado em gestão e planejamento estratégico para o encontro.


Como iniciei falando que somos inquietas, quero concluir falando que a inquietude nos move para novos desafios... e por isso, já estamos cheias de novos projetos para iniciarmos. Te convido para conhecer o Inspira.empreende nosso novo projeto, com a Chef Mila Cozzi, que será uma capacitação, de um dia, com diferentes abordagens e ferramentas sobre empreendedorismo (Instagram @inspira.empreende).